segunda-feira, 12 de setembro de 2016

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Não consigo nem lembrar qual foi a última vez que escrevi alguma coisa aqui. Culpa da vida, repito eu, diariamente... Culpa das coisas que acontecem, do tempo que passa, da correria que nos faz não poder "perder tempo" com pequenas coisas, como sentar por alguns minutos na frente do computador e escrever alguma coisa para quem você ama.
Acho que no fim das contas eu apenas encontrava uma desculpa para a minha falta de noção da vida, para o fato de que o tempo passa e o ser humano tem a tendência de esquecer todas as coisas que, apesar de ter ficado no passado, nos fazem quem somos, e nos proporcionaram diversas sensações e emoções previamente.
Eu não parei para ler as mensagens antigas (adivinha? óbvio que porque não tenho tempo), mas eu sei que, se um dia parar, vou encontrar tantas coisas escritas de tão diferentes formas que talvez seja até difícil acreditar que tudo tenha sido escrito pela mesma pessoa. Durante muito tempo na minha vida a única constância que eu conseguia achar era o fato de eu ser inconstante, de eu ser "de lua", como muitos amigos meus já se referiram. E eu não acho que eu vá mudar, porque, convenhamos, estou nessa vida há muito tempo, e a tendência é só piorar com o tempo.
Mas, enfim, eu sempre tentei lidar com a minha inconstância de maneira a não prejudicar ninguém que eu gosto, o que às vezes era inevitável, e ainda é. Mas eu não sei disfarçar tristeza, e eu nem gosto de disfarçar tristeza, porque confiança sempre foi o sentimento mais importante em uma relação para mim, e sempre vai ser. E se você esconde, você mente, mesmo sem querer...
O blog tem o nome "cuidado garoto" e o título "confissões de um garoto apaixonado". Eu ainda acho que preciso ter cuidado e ainda me sinto apaixonado, embora saiba que não sou mais apenas um garoto. Supostamente era o lugar para eu desabafar o turbilhão de sentimentos que eu tinha e que nunca consegui expressar, porque não sou comunicativo. Mudou um pouco, passou a ser o local de declarações de amor para a pessoa que me conquistou, me amou e me aceitou do jeito que sou, sem mudar nada (ou quase nada, hehe).
Hoje eu magoo essa mesma pessoa constantemente, e eu não queria estar fazendo isso, mas eu sinceramente não sei como agir diante de tudo que está acontecendo, eu acredito que seja só mais uma fase da minha quadripolaridade se manifestando, e que tudo vai voltar ao normal em breve... Mas eu sei que não vou resolver nada racionalmente, sei que não posso sentar e dizer "é isso que eu quero, é isso que vai ser", afinal, o coração quer o que o coração quer.
A única coisa que eu sei é que eu quero, muito, desesperadamente, é ser feliz. E que também quero que você seja, muito, desesperadamente, feliz. E eu sei que não estou te fazendo feliz agora, eu sei que não estou mais colocando um sorriso no seu rosto todos os dias como prometi fazer, mas eu estou tentando, me esforçando, porque eu sei que você merece que eu faça isso.
E não só porque você é Helena de Tróia Pope, que causaria guerras e faria presidentes tomarem decisões precipitadas unicamente por ser a pessoa incrível que é. Mas sim por tudo que você já fez por mim no decorrer desses cinco anos. Você me transformou em uma pessoa mais feliz, em uma pessoa mais alegre. Você me mostrou como sorrir com coisas bestas e como viver intensamente. Você me mostrou como eu posso ser o porto seguro de alguém e como eu também posso ter um porto seguro. Como eu não preciso me esconder no meu silêncio e como eu posso ser eu mesmo, o tempo todo, porque mesmo sendo chato algumas vezes eu serei amado por alguém que vai saber me amar como eu sempre sonhei em ser amado.
Eu devo minha vida a você. Não porque eu teria me matado, não sou dramático a ponto de achar isso. Mas porque eu acho que só comecei a realmente viver depois que conheci você. Depois que, na minha pretensão de te levar para conhecer o mundo, na verdade foi você quem fez isso comigo. Foi você quem me mostrou o melhor que eu posso ser, diariamente, constantemente, apesar de todas as dificuldades que pudessem aparecer. Eu devo cinco anos de felicidade a você, e sei que nunca conseguirei agradecer suficientemente, não de forma a corresponder tudo que eu sinto.
E eu sei que escrevi e escrevi e, na verdade, não disse nada. Mas, sei lá, eu estou tentando recuperar isso também, a escrita, a válvula de escape para a minha cabeça que pensa a mil por hora a todo tempo, a ponto de às vezes nem conseguir dormir direito.
Eu só quero que você nunca esqueça o quanto sou grato a ti. Obrigado, por tudo, pelo mundo, pela vida. Eu te amo demais!